segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mulheres no Judô

KEIKO FUKUDA


Uma mulher de 98 anos de idade, residente em São Francisco – Califórnia, que dedicou sua vida inteira ao Judô, tornou-se, em agosto passado, a primeira mulher a ganhar a maior honra desta arte marcial: o 10º dan.

Keiko Fukuda, professora da arte marcial, tem praticado desde 1935, quando começou junto com mais 24 mulheres, e é o último aluno vivo do fundador do Judô, Jigoro Kano. "Este foi o meu casamento. Este é o meu destino, onde a minha vida foi criada", disse. "Eu escolhi viver a minha vida no Judô e nunca imaginei quanto tempo esta estrada duraria", disse ela.

O seu lema pessoal é "Ser gentil, amável e bonita, ainda firme e forte, mental e fisicamente”.

Fukuda poderia ser considerada "um pedacinho de mulher", por ter uma altura de apenas 1,50 m e pesar menos de 45 Kg, porém, ela é tratada com o título de Honorífico Sensei, ou Mestre.

Embora esteja em uma cadeira de rodas na maior parte do tempo, ela ainda consegue dar três aulas por semana no Soko Joshi Judo Clube no Vale de São Francisco.

Fukuda revelou que o Kodokan (Instituto de Judô) era machista e teve de esperar 30 anos para ir além do 5º dan. Ela é a 16º pessoa a receber a faixa de 10º dan e é agora uma das quatro pessoas que vivas a atingir essa distinção.

Seu avô, Hachinosuke Fukuda foi um dos últimos samurais do Japão e professor de Jiu Jutsu. Curiosamente ensinou essa arte a Jigoro Kano, fundador do Judô e criador do Kodokan que, pessoalmente, convidou a jovem Fukuda para estudar Judô, como um sinal de respeito pelo seu avô. Além da instrução recebida pelo fundador do Judô, Fukuda também aprendeu com Kyuzo Mifune.

Um documentário intitulado "Ser forte, ser gentil, ser bonita" está sendo feito para comemorar a sua vida.







RUSTY KANOKOGI



Rusty Kanokogi, que morreu em novembro de 2009 com 74 anos, foi a primeira mulher a receber o 7º dan no Judô e a responsável por fazer do Judô um esporte acessível às mulheres.

Rena Glickman, nome de batismo de Rusty, nasceu no Brooklyn em 1935. Criança levada, filha de pais ausentes, era líder de uma gangue de rua chamada de Apaches; se interessou pelo judô após ser apresentada por um amigo do bairro, que a levou para academias de Judô em Nova York, de onde ela foi sumariamente afastada porque todos os treinos e competições eram apenas para os homens. Ela continuou a praticar por conta própria, mas logo percebeu que se queria competir, teria que fazê-lo como homem. Com o cabelo cortado, gravou no kimono, o nome “Rusty", se inscreveu e venceu o Campeonato estadual de Judô de Nova York em 1959. Porém, quando um dos organizadores perguntou se ela era mulher, Rena confessou e perdeu sua medalha de ouro. Então percebeu que o esporte precisava de um verdadeiro incentivo para a criação de um segmento feminino.

Depois de vários anos vivendo no Japão, onde treinou no Instituto Kodokan, ela voltou para os Estados Unidos com seu marido, Ryohei Kanokogi, faixa preta de Judô e Karatê, e os dois montaram um polo americano para o judô feminino, com centros de formação no Brooklyn.

Quando não estava ensinando em sua academia ou cuidando de seus dois filhos, passava o tempo escrevendo cartas em nome de atletas do sexo feminino, levantando dinheiro, e ameaçando os membros do Comitê Olímpico Internacional, com ações judiciais. "Eu estava totalmente louca", disse ela ao The New York Times em uma entrevista em fevereiro de 2009. "Você dizia: - Olá, Rusty! E recebia três horas de conversa sobre Judô".

Em 1980, organizou o primeiro campeonato feminino de Judô, e em 1988, 24 anos depois do Judô masculino se tornar um esporte olímpico, Kanokogi trouxe uma equipe de mulheres dos EUA para os jogos de verão em Seul. Em 1991, foi introduzida no Hall Internacional da Fama dos Esportes Femininos. Em 2004, atuou como comentarista da NBC judô para os Jogos de verão em Atenas. E nesse mesmo ano, a medalha de ouro que ela ganhou em 1959 finalmente retornou ao lugar de direito no seu pescoço. Em 1992 o Judô feminino alcançou seu lugar nos Jogos Olímpicos de Barcelona, valendo para o quadro de medalhas.

No início de 2009, menos de um ano antes de morrer de leucemia, criou o Fundo Kanokogi para o desenvolvimento do Judô feminino, um projeto da Fundação de Desporto que arrecadava fundos para treinamento e viagens para as competidoras de Judô feminino.






quinta-feira, 1 de setembro de 2011

IV Copa Nacional Igarassu de Judô

No sábado, dia 27/08, ocorreu a 4ª edição da Copa Nacional Igarassu de Judô, realizada no Ginásio Jota Raposo na cidade de Igarassu / PE, evento que contou com a presença de cerca de 1.200 atletas de vários estados.


Os judocas (da esq. p/ dir.): Brito, Mendonça, Jonatan, Dalto,
Inácio e Campelo, todos alunos do Sensei Delmiro (ao centro).